Bellevue
[Estrofe 1]
Leve, levemente, como quem chama por mim
Fundido na bruma, nevoeiro sem fim
Uma ideia brilhante cintila no escuro
Um odor a tensão do medo puro
Salto o muro, cuidado com o cão
Vejo onde ponho o pé, iço-me à mão
[Estrofe 2]
Encosto ao vidro um anel de brilhantes
É de fancaria a fingir diamantes
Salto à janela com muita atenção
Ponho-me à escuta, bate-me o coração
[Refrão]
Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous
[Estrofe 3]
Porta atrás porta pelo corredor
O foco de luz no ultimo estertor
No espelho um esgar, um sorriso cruel
Atrás da última porta a cama de dossel
Salto para cima, experimento o colchão
Onde era sangue é só solidão
[Refrão 2]
Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous
Os meus amigos enterrados no jardim
E agora mais ninguém confia em mim
[Instrumental]
[Refrão 3]
Sabem que me escondo na Bellevue
Ninguém comparece ao meu rendez-vous
As minhas amiguinhas lá no jardim
E agora mais ninguém confia em mim
Era só para brincar ao cinema negro
Os corpos no lago eram de gente no desemprego