A Delicada

Sergio Carvalho Pereira / Juliano Márcio Gomes Ávila

Me chamam a delicada
Que eu sou milonga de agora
Não durmo sobre os arreios
E nem grito campo a fora
A delicada, me dizem
Porque eu não afio espora

Me chamam a delicada
Porque eu não canto façanha
Não tomo golpe nos queixo'
Tampouco gole de canha
E não uso corda forte
Pra amigo que me acompanha

Mas, delicada é a vertente
No fundo de uma invernada
É um pé da laranja guaxa
Que adoça a volta de estrada
Chuva pintando de bronze
Uma tropilha gateada

Quietude de rancherio
Ao Sol de fim de semana
Senhora cevando o mate
Em caneca de porcelana
Pra depois secar a erva
Para la otra mañana

Delicada é a melodia
Que eu ouço na sanga rasa
E é a artéria que pulsa
Numa coronilha em brasa
É a graça da moça pobre
Com roupa de andar em casa

Eu sou a flor destes campos
E a flor dos arrabaldes
Do porto de Buenos Aires
Dos bolichos das cidades
Do dialeto de bordona
Que firmo minha identidade

Se rude ou se delicada
A trança não arrebenta
Quanto mais parelho o tento
Mais tironaço ela aguenta
Igual milonga do sul
Delicada e violenta

Se rude ou se delicada
A trança não arrebenta
Quanto mais parelho o tento
Mais tironaço ela aguenta
Igual milonga do sul
Delicada e violenta
Igual milonga do sul
Delicada e violenta

Wissenswertes über das Lied A Delicada von Joca Martins

Wer hat das Lied “A Delicada” von Joca Martins komponiert?
Das Lied “A Delicada” von Joca Martins wurde von Sergio Carvalho Pereira und Juliano Márcio Gomes Ávila komponiert.

Beliebteste Lieder von Joca Martins

Andere Künstler von Regional