Autópsia

Natan Trindade, Joe Sujera

Tomar de assalto sem tiros
De fora pra dentro ser virus
Sensíveis tampem seus ouvidos
Insetos venham comigo

Desde que eu me lembro to olhando pro mesmo teto
Me sinto inquieto. Mais um inseto
Me sinto feto. Parte de algum projeto
Parcialmente completo. Arte de sangue e concreto

Não copiar, não confiar, não vou parar
Sou singular, não me encontrar, não se entregar
Não descansar, não respirar, não vou dormir enquanto não terminar

Tenho fome, fome de agora
De me alimentar do mundo do mundo pra fora
Relógio sem hora, peso no pulso
Preso no impulso

Cala a boca e vai fazer dinheiro
As máquinas dependem de você
Cala a boca e vai fazer dinheiro
O mundo gira independente de você

Então me de a mão e vamos passear
Sem hora pra voltar por alguns tuneis sem luz
Então me dê a mão, e sem ninguém escutar
Reze antes de pular pra onde o medo conduz

Natan:

Abre o meu peito em dois, e tenta ver
Toda dor que eu não contei
Cada dor que eu segurei

Disseca o meu peito em dor, sem suturar
Cada passo que eu dei nessa caminhada
Cada passo que eu dei nessa caminhada

Cala a boca e vai fazer dinheiro
As máquinas dependem de você
Cala a boca e vai fazer dinheiro
O mundo gira independente de você. (3x)

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