A Roseira da Fonte
Junto à uma fonte de águas claras, todas as tardes ao por do sol
Ia encontrar-me com minha amada, ouvindo o canto do rouxinol
Juntos plantamos uma roseira, de nossa altura logo ficou
Rosas vermelhas desabrocharam e toda a fonte se perfumou
Não sei por quê fomos destruir a inocência daquele amor
Maldigo a hora que nós pecamos, e transformamos risos em dor
Era bem grande a nossa paixão, não resistimos viver assim
Numa loucura que durou pouco, abrimos n’alma chagas sem fim.
Passado aquele feliz momento, nossa alegria se acabou
Seus olhos lindos não mais sorriram, porque o medo a dominou
Ela temendo que eu a deixasse, e fosse embora dos braços seus
Naquela fonte bebeu veneno, chamou meu nome e depois morreu.
Passou-se o tempo e ainda existe naquela fonte do nosso amor
Onde passamos a nossa infância, uma roseira cheia de flor
Até parece que a sua alma, naquelas rosas reencarnou
E aquele erro que cometemos, deus lá do céu já nos perdoou.