Elogio da Corporação
Cara de samurai
Coisinho da Fonseca
Filho de epístemo
Fedelho da cácá-ra-cá
No pergamóide não
Há pai p'ra ti algures
Cujo da balda
Marique de trazer por casa
Como é que eu me hei de livrar de ti
Ai, como eu gosto da corporação
Ai, dá-me choques a corporação
Fistula anímica
Chanfalho do fanico
Bisga recôndita
Olhar de lado p'ra monnaie
Soco no estômago
Pombinha branca à juros
Parte do nada
Com dois ossinhos no boné
Como é que eu me hei de livrar de ti
Ai, que ainda matas alguém hoje
Ai, quem é que vais matar hoje
Operação cidade limpa
E eu estou aqui, estou na garimpa
Se tu me fores visitar
Leva um quilo de laranjas para mim
Como este mundo era mais leve
Se eu não fosse tão pesado
Ai, meu irmão
Do presente, do futuro, do passado
Aaaiiiiii
(Oie, conta
Dime una cosa
Como se estan passando las cosas en europa ahora, ah?)
Ajo de fórmica
Anúncio das calendas
Fome de vómitos
E febre das 10 menos 10
Sujo a parábola
Metáfora de palha
Copo de cuspo
Ai quem te abriu e quem te fez
Como é que eu me hei de livrar de ti
Ai, quantos são que eu vejo tantos
Ai, que eles já são mais que tantos
Ai, como eu gosto da corporação
Ai, dá-me choques a corporação
Ai, que ainda matas alguém hoje
Ai, quem é que vais matar hoje
(Diz lá, quem é que vais matar hoje, ah?)