A Ti Meu Velho Pai
A ti, meu velho querido
De joelhos no chão ofereço
Este rústico adereço
Trançado de couro cru
E esta prece de xirú
Que rezo trançando os dedos
Já que não guardo segredos pra um amigo que nem tu
Já que não guardo segredos pra um amigo que nem tu
Te foste como os outros foram
Para o velho pago do além
Onde um dia também
Eu quero bolear a perna
E o patrão que nos governa
Que por certo é teu amigo
Há de ser bueno contigo ai na querência eterna
Há de ser bueno contigo ai na querência eterna
Já que não sou nem a sombra
Do que foste, velho santo
Uma coisa eu te garanto
Sempre me orgulhei de ti
Pois contigo eu aprendi
O que é honra e coração
E esta xucra devoção pelo pago onde eu nasci
E esta xucra devoção pelo pago onde eu nasci
E esta xucra devoção pelo pago onde eu nasci