Palmeira das Missões
Sempre me vem à memória
Embora a gente não queira
Que a fama de desordeira
Aqueles feitos de glória
Quem não conhece a história
Deste povo de Palmeira
Emprestando seu calor
Em hora bem inspirada
Entre a sombra da ramada
Embalou seu velho amor
Foi quando nasceu com dor
Uma façanha arriscada
Sempre certa nas teorias
Nos princípios que sufraga
E nunca reclamou a paga
Fez muitas autonomias
Elevou em freguesia
Sede de barcos e obradas
Pensando menos em si
Valorosa e triunfal
Da luta pelo ideal
Descobriu Aceveri
E também Miraguaí
Outro tanto Crissiumal
Terminou a velha rixa
Com as gentes do Boricá
Certa que plantando dá
E nunca perdeu a linha
Repetiu Vaz de Caminha
Em São Martinho, Humaitá
Com a turma exasperada
Soube evitar o atrito
Atenta ouviu o grito
Moderna e civilizada
Que partiu em arrancada
Lá no Rodeio Bonito
Inaugurando Três Passos
Um pouco além da Guarita
Outra cidade bonita
Saída de seus regaços
Não lhe negaram abraços
Quando cortaram a fita
Tem marcha de passarela
Contemplou entusiasmada
Nas festas de emancipadas
O desfilar de Portela
Ou mesmo fugindo dela
Erval Seco e a Chapada
Aquilo que eu mais louvo
É a crença conservadora
Mãe amiga e protetora
Senhora de muito povo
Deu a luz a Campo Novo
Santo Augusto e Redentora
Com seu porte de alteza
Dona de um poder viril
Desce um pouco pra o arril
Pediu ela Fortaleza
Todos juraram firmeza
Pelas glórias do Brasil
Soberana na atitude
Nos tempos do coronel
Decantada no quartel
Teve ela uma virtude
Criando estância saúde
Antigas águas do mel
Não há quem não descambe
E louves a vanguardeira
Pelos lauréis da guerreira
Pelo valor que se expande
Na integração do Rio Grande
Quem não conhece Palmeira
Na integração do Rio Grande
Quem não conhece Palmeira