Berços e Cemitérios
Nem tudo o que é parece
Nem tudo o que é querer floresce
Nem uma flor quis me ver
Parado no meio do tempo
Em face do esquecimento
Parecer é o ócio do ser
Você já se perguntou se nós ainda somos normais?
A quem importa a tentativa de não sermos banais?
Sou, estou,
Mas não me notam em silêncio
A dor passou
E não sou nada que quiseram
Achei enfim meu eu
Nem tudo ao morrer padece
Nem toda oração é prece
Ovelhas em peles de lobos não sabem caçar
A luz que ilumina é a mesma que cega
Depende da afeição às trevas
No fundo do fundo ninguém sabe mentir
Você já se questionou se nós ainda somos iguais?
A quem importa a verdade quando nós somos os tais?
Sou, estou,
Mas não me notam em silêncio
A dor passou
E não sou nada que quiseram
Achei enfim meu eu
Achei enfim,
Sim, você pode escolher
Sim, você pode escrever o que quiser
Entre berços e cemitérios não existe replay
Sou, estou
Mas não me notam em silêncio
A dor passou
E não sou nada que quiseram
Achei enfim meu eu