Rasgo os Oio de Te Ver
RASGO OS ÓIOS DE TE VER
Newton Baiandeira
Quanto tempo a gente não se vê
Todo mundo fala bem docê
Tô cansado de rezar procê
De repente aparecer por cá
Flor de cheiro vivo de regar
Com as lágrimas do meu olhar
Horizontes vivo de buscar
Rasgo os óios de poder te ver
Sou um pássaro sem asa ai, amor
O meu peito, fogo em brasa queimou
Ai, amor, eu quis pagar pra ver
Dei na estrada pra longe doce
A distância traiçoeira
Me pegou numa rasteira
Tô pedindo seu perdão
Tô morando numa região
Sem antena de televisão
Sem notícia desse mundo
Num buraco meio fundo
Que eu chamo de solidão.