Rodopiando
Lailton Araújo
Na brisa da noite o mar
Acalma a melancolia
Firmada no seio daquela
Mulher do cais, da vida
Sereia eu sou na noite
Num barco de rumo incerto
Em busca do firmamento
De afeto e calmaria
E logo o vento do norte
Que traz o medo e a morte
Destrói meu barco de areia
E caio na terra perdida
Meus olhos já viram o sol
A lua, o céu e o mar
Mas nunca a fantasia
Num barco sem navegar
Sozinha na terra estranha
Procuro a força do amor
A chama, a rampa de acesso
De um barco voltar ao mar
O vento sopra, leva, traz calor
Um barco no mar, atrai um sonho de amor