Chiquinho Gonzaga
Abram alas pra essa mulher
Mais uma dama que desfila na Mangueira
Vejam só que linda criatura
No olhar, uma ternura
E na mente, uma bandeira
Fez a feminina revolução
Na arte deste meu país
Com sua garra e sua força, mulher
Canto o meu samba mais feliz
Eu sou a raiz
O Tango, a Valsa e a Polca
Pra quê burguesia... Pra quê?
Chiquinha Gonzaga no piano
Mostrava Jongo e Cateretê
Maestrina
Pioneira dos direitos autorais
Tão divina
Atraente nos momentos musicais
Liberdade
Seu grito pela Abolição
Que batizou o carnaval
E até hoje move esta nação
Roda baiana
Roda e ginga sem parar
Corta este chão de poesia
Eu sou da lira e não posso negar