Minha Querencia
De manhã muito cedinho quando o sol devagarinho vem rasgando a escuridão
Ouço a voz da peonada no galpão arrinconada em roda de chimarrão
Da cacimba vem chegando a velha pipa e derramando gotas d'água pelo chão
Vacas mansas na mangueira e ciscando mui faceira no terreiro a criação
(Meu Rio Grande do Sul meu lindo pago, meu chão
Minha querência eu te trago na forma do coração)
Gineteando a cavalhada cruza o campo a gauchada pra o rodeio e a marcação
E o quero-quero alvissareiro que lhes avista primeiro grita sua saudação
Quando eu vejo a minha serra e a beleza desta terra nos meus olhos o debuxo
Prezo a deus na minha crença por esta aventura imensa de ter nascido gaúcho