A Luz do Meio-dia
A LUZ DO MEIO-DIA
E meu espírito lança-se num vôo aventureiro
Entre as paredes dum abismo sem fim
A dançar, a dançar, sorridente e impetuoso
Ele contempla os raios do sol rasgando o ar.
É meio-dia, e meus olhos claros como a luz que a tudo incendeia
Enxergam aqueles redutos frios onde as trevas outrora dominavam
É meio-dia, e as sombras que tudo tornavam opaco
Agora são mínimas manchas negras num espetáculo de brilho
É meio-dia, e a luz terrível que vem do Sol
Já não me cega mais.
COMENTÁRIOS: "A experiência do Sol nos trará forças renovadas, acredite. Eu mesmo, nos anos de aprendizado, pensava que eram tão somente lendas e fanatismos dos últimos mestres. Levei anos pensando que se tratavam de meras crendices sem valor. Tive que me livrar de muitos dos vícios que a vida de hoje nos impõem para compreender o valor daquele conhecimento esquecido. Está em nosso sangue, perdido em partículas invisíveis aos olhos humanos, perdido para nossos sentidos empobrecidos. Eu pretendo reviver a experiência novamente e, quem sabe, aproveita-la melhor desta vez, e expandir os círculos de força para mais longe do epicentro. E se houver sangue, tanto melhor, pois..."