Milonga no fim do laço (ao SR. Átila Sá siqueira)
Dos traços de "Don Siqueira"
Saltam ranchos e tropilhas
Muita china em maçanilha
Com olhar de sol e lua,
Gritos de pátria Charrua
Vigor de tropa e coxilha
Um touro no fim do laço,
Um "criollo" rédea na mão.
Primeira vez que Simão
Laçara no baio-overo,
Trocou de ponta o matreiro
E o baio - um tigre no chão!
O carvão tisna o silêncio
E as almas molham saudades
Na moldura da cidade
Somos muitos Aureliano
Derramando entre o minuano
Verso pampa e soledade...
Em cada traço um clarim
Chamando a indiada de outrora
Enquanto o tranco das horas
Consome raça e fatos
Já não há galhos e mato
Seguindo poncho e esporas
Erguer a voz por milonga
Resta aos homens da guitarra,
A don Siqueira uma barra
De horizonte e oração
E o baio de Don Simão
Firmando a pátria nas garra.