Triste Cabana
Cabana da beira da estrada.
Tu és de noite e de dia.
A mais fiel namorada.
Do sol e das chuvas frias.
Do sereno das madrugadas.
Dos astro e as estrelas que brilha.
E da noite enluarada.
Que enche o sertão de alegria.
Cabana triste cabana.
Muito velha e abatida.
Ao te ver neste abandono.
Sinto minha alma ferida.
No correr da minha vida.
Deste abrigo ao meu sono.
Por isso cabana querida.
Ainda sou o seu dono.
Cabana minha companheira.
Agora chegamos ao fim.
Vivemos junto a vida inteira.
E a partida soou para mim.
Tenho os olhos rasos d'água.
Por deixar-te nesta solidão.
Mas levo pra onde for.
Seu vulto na imaginação.