O Matuto (part. Zezé Di Camargo)
O tempo passa, as horas chegam feito minutos
O que plantei, cresceu de pressa já me deu frutos
O que semeio garanto sempre colheita boa
Tenho certeza, quem faz o mesmo o tempo voa
Feliz daquele que sabe bem o que é plantar
Que sabe onde vive feliz sem reclamar
Feliz daquele que a consciência está tão leve
Alma inocente, pura e clarina, parece neve
Falo de mim esse matuto que aqui expressa
Pareço índio de pé no chão sou da floresta
Minha morada esse sertão que Deus me deu
A mata é pura conheço e aqui o doutor sou eu
Verde que cerca esse meu pedacinho de chão batido
Chuva que molha o meu arroz feijão e o milho
Cuido daqui como se o mato fosse meu filho
Cuido daqui, tiro daqui o que eu preciso