A Rosa Vermelha
Isabel Pacheco
Olhando este mundo Ele viu grande multidão
Andando sozinha, sem nada na mão
Sua vida foi Rosa Vermelha cravada na cruz
Quem passou por Ele, sentiu compaixão
A Rosa murchando, sangrando, esvaindo em dor
Perdendo a cor, sem respiração
Mas o seu perfume se apega a mão que a esmagou
E quem a feriu concedeu perdão
Agora seu sangue vertendo, caindo no chão
Três dias morrendo, Oh! Que solidão!
No terceiro dia o mundo encheu-se de flores
A Rosa Vermelha de novo brotou
Jesus é o Lírio dos Vales, A Rosa de Saron
Até seus espinhos são marcas de amor
Agora Ele vive a plantar um grande jardim
Se você quiser, será uma flor