Estrada Real

Eron Vaz Mattos / Luiz Marenco

O brasedo invade cernes
Há um lúcido momento
Berra uma estrela perdida
Nublada de sentimento
Clareiam fogões guardados
No galpão do pensamento

Rodilhas enfumaçadas
Do palheiro vão à quincha
se rebolda uma esperança
E uma saudade relincha
No maneador do meu verso
Pastando à lu de uma frincha

Brotam imagens de ontem
Pelas lembranças cansadas
Preguiça nas silhuetas
Que surgem nas madrugadas
Morrem sonhos, nascem rimas
Pelos sinais das estradas

Há quietude nos lombilhos
E nas barbelas dos freios
Sesmarias encolhendo
Por atropelos alheios
Crescem pastos e macegas
Nos pelados dos rodeios

As léguas formam rasuras
Nas vibrações sensitivas
Pelos pousos das estradas
As nossas razões mais vivas
Apearam ponchos e malas
Das ancas das comitivas

Pelas pastagens de tropas
Ouço o troar dos motores
silenciaram os cincerros
Andejos dos corredores
E os relinchos das quadrilhas
No ritual dos matadores

Acenam vultos heróicos
Na ausência dos manotaços
Cambona longe dos tentos
Bretes enrodilham laços
E os buçais estão fugindo
Das mãos canhotas dos braços

Já não esvoaçam crinas
Nos turumbambas de patas
Apenas luze a história
Pelas bombilhas de prata
Falam vozes ancestrais
Por cochichos de alpargatas

Emborcadas pelas sombras
Açudeiras mariposas
Demarcando a caminhada
Para o fim das nossas cousas
Há um escarcéu de memórias
Pelos inscritos das lousas

Brotam imagens de ontem...

Wissenswertes über das Lied Estrada Real von Luiz Marenco

Wann wurde das Lied “Estrada Real” von Luiz Marenco veröffentlicht?
Das Lied Estrada Real wurde im Jahr 2005, auf dem Album “Pra o Meu Consumo” veröffentlicht.
Wer hat das Lied “Estrada Real” von Luiz Marenco komponiert?
Das Lied “Estrada Real” von Luiz Marenco wurde von Eron Vaz Mattos und Luiz Marenco komponiert.

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