Rastos e Milongas

Eron Vaz Mattos / Luiz Marenco

Declamado
Firmei a mala do poncho
Compus de novo os arreios
Cruzei as rédeas do mouro
Que vem atirando o freio
Sigo cantando milongas
Com assovios pelo meio

Meu verso não tem costeio mas tem alma de Tahã
Cor de cinza e picumã que se perde céu acima
Troca de pluma reanima faz ninho empeça postura
Chocando alma e lonjura pra descascar uma rima

Tem feições de cardo e tuna em meio a campos floridos
E nos acordes sentidos com primavera nas mãos
Libera a voz da emoção com ressabios e segredos
E o que me falta nos dedos, me sobra no coração

Deixar rastos e milongas sinais de cascos e esporas
É como semear Rio Grande vida à dentro, campo à fora
Vida à dentro, campo à fora

Declamado
A minha voz se confunde
Com a voz do vento sulino
Que tendo rumo e destino
Também canta sobre os pastos
E nos ermos campos vastos
Eu canto o que sei e penso
Sobre os varzedos imensos
Onde desenho os meus rastros

Meu canto é parte de mim, anda comigo à cavalo
Por entre domas e pealos em tropas ou recorridas
Com esperanças perdidas e saudades mal domadas
Com cicatrizes lavradas dos esporaços da vida

Por isso tenho milongas entranhadas no meu ser
E poucos hão de entender que meu verso pêlo duro
Abre rasto pra o futuro, sesteia em sombras de molhos
E guarda luas nos olhos para enxergar no escuro

Wissenswertes über das Lied Rastos e Milongas von Luiz Marenco

Wann wurde das Lied “Rastos e Milongas” von Luiz Marenco veröffentlicht?
Das Lied Rastos e Milongas wurde im Jahr 1994, auf dem Album “De a Cavalo” veröffentlicht.
Wer hat das Lied “Rastos e Milongas” von Luiz Marenco komponiert?
Das Lied “Rastos e Milongas” von Luiz Marenco wurde von Eron Vaz Mattos und Luiz Marenco komponiert.

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