Os Dias Morrem
Hão de ser benditos
Os tempos que não me lembro mais
E os passos perdidos
Registrados estão
Nos rastros que deixei
Ranhuras que forgei
Na palma da minha mão
Os calos doem
Resta então só resistir
E continuar
A ser mais um ciclano que
O tempo constróI
Parte da minha vida
Foi traçada por conflitos e tantos mais
E a porção que me intriga
No entanto, é a mais fugaz
É tão comum viver
Mas é melhor saber
Que foi tudo em vão
Os dias morrem
Os meus braços hoje vão acolher
O espaço entre o céu e o chão e se perder
Até que um dia venham me dizer por qual razão
Eu me enchi de culpas sem ser o vilão