Outro Dia Que Amanhece

São braços, abraços estreitos
Gente que vai e que vem
Gente parada a ver passar

São as imagens das viagens
De quem foi pra muito longe
De quem só sonhou um dia lá chegar

São navegantes em terra
Com a alma a velejar
São soldados sem guerra
Que atiram contra fantasmas
Que não podem alcançar
Que não vão poder matar

Nas ruas ficam as marcas
Da coragem e do medo
Nas sombras da madrugada
Há quem fuja ao seu degredo
E grite a negro nas paredes

São braços, abraços estreitos
Que se dão ou que se vendem
Nos atalhos da má sorte

É a vida a contorcer-se
Ao sabor da multidão
É a falta de coragem
Que mata mais do que a morte
Mata antes de se morrer

São navegantes rio acima
Rua abaixo sem um norte
É gente de pouca idade
Que aprendeu cedo a saudade
Do amor e de outra sorte

Nas ruas ficam as marcas
Do que alegra ou entristece
O grito de quem se cala
Quando outro dia amanhece
Outro dia que amanhece nas ruas

Wissenswertes über das Lied Outro Dia Que Amanhece von Mafalda Veiga

Auf welchen Alben wurde das Lied “Outro Dia Que Amanhece” von Mafalda Veiga veröffentlicht?
Mafalda Veiga hat das Lied auf den Alben “A Cor da Fogueira” im Jahr 1996 und “Zoom” im Jahr 2011 veröffentlicht.

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