Trem do Bororé
Eu vou m'embora
Vou m'embora pros pagos de Bororé
Se o trem encrenca no caminho
Eu me boleio e vou de a pé
O trem sai às quatro horas
Às duas e meia eu já estou lá na estação
A minha mala de garupa sobre o ombro
E a velha gaita de duas hileiras de botão
Meta fogo, seu foguista
Gruda fogo, traca-lhe fogo nesta máquina mundana
Gruda lhe fogo que eu tô louquinho de pressa
Pra cruzar na estação de Olavo Viana
Meta fogo, seu foguista, gruda fogo
Traca-lhe fogo que eu já estou por ir de a pé
Seu maquinista tira a cabeça pra fora
Que falta só meia hora pra chegar no Bororé