Desperta (Preconceito de Cor)

Margareth Menezes

Por preconceito de cor você perdeu esse amor
Você parou a canção que tocou no coração
Não quis mergulhar no fundo
Não quis pegar minha mão
Você radicalizou, foi duro como cimento
Eu era o buquê em flor, só esperando o momento
Mas se você não sacou, eu vou lhe dizer
É porque eu sou preto que todo mundo é preto
É porque eu sou branco que todo mundo é branco
É porque eu sou índio que todo mundo é índio
É porque, nem porque, é porque

Por preconceito de cor morrem todo dia mil
A fome, a violência, descaso e impaciência
Há ódio a cada segundo, se afunda mais esse mundo
Se acha superior, mágoa a mãe que é santa
Bate na cara que é minha, homem maltrata criança
Pecado de pecador, é preconceito de cor

É porque eu sou preto que todo preto é bom
É porque eu sou branco que todo branco é bom
É porque eu sou índio que todo índio é bom
É porque, nem porque, é porque

Por preconceito de cor, se é pobre já é ladrão
Mas o doutor que roubou nunca vai para prisão
Policial matador tem preconceito de cor
Por preconceito de cor se espalha a ignorância
Não se oferece ajuda, outros perderam esperança
É tanto tempo perdido e um deus-pai esquecido

É porque eu sou preto que vou me esconder
É porque eu sou branco que detesto você
É porque eu sou índio que vou me extinguir
É porque, nem porque, é porque

Desperta

Wissenswertes über das Lied Desperta (Preconceito de Cor) von Margareth Menezes

Wann wurde das Lied “Desperta (Preconceito de Cor)” von Margareth Menezes veröffentlicht?
Das Lied Desperta (Preconceito de Cor) wurde im Jahr 2001, auf dem Album “Afropopbrasileiro” veröffentlicht.

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