Sem noção
SEM NOÇÃO
(Claudia P. Pinna)
Acha que está na moda ser garota mercenária?
Estou achando que essa porra é vocação hereditária.
Essa mulher não se controla, está num ritmo frenético,
Então eu chego a conclusão que isso pode ser genético.
Tem gente que acha que piranha é uma questão de tradição,
Mas eu já penso o contrário, essa parada é maldição.
Eu sou fiel com muito orgulho, mas não me tire como otária.
Senão detono a sua cara de amante ordinária.
Tem hora que sinto até vergonha de ser mulher igual à ela,
É triste andar no meio da rua e ser comparada a uma cadela.
Sai de casa perfumada se achando princesinha,
O rebolado não engana e a cara estampa que é galinha.
Acha que está com tudo e que é linda pra caramba,
É melhor descer do palco, você não passa de baranga.
Coloca short e mini-saia pra aparecer por onde passa,
Será que ela não percebe que celulite não tem graça?
E não desiste de mostrar lançando a tomara-que-caia,
Essa vadia não se manca, tá parecendo uma lacraia.
Se veste toda no estilo, sai na rua se exibindo,
Será que ela não se ligou que a sua bunda tá caindo?
Não adianta apelar botando a barriga de fora,
A sua pança tá enorme, acho melhor parar agora!
Não importa a embalagem ou se está mostrando tudo,
Mulher fútil igual você, o que mais falta é conteúdo.
Você precisa se ligar que só está rachando a cara,
Não é à toa que no bairro a sua fama é de mamada.