Contrato Social Pt. 2
Essa é a hora que eu falo umas parada inteligente, né?!
Então
Sou filho do país que matou os seus pais
De tanto trabalhar agora não temos mais paz
Não temos mais história na escola, só matemática
A única história que conhecemos é a que eles conta
Com nossos direitos eu ando preocupado
E os direita com a esquerda andam ocupados
O estado não é social, o projeto não é social
A rede não é social, nós um bando de anti social
Onde que a gente se inscreve?
Pra ter boa educação sem precisar de greve
Onde que a gente estuda?
Pra ter dinheiro na conta igual os filhos do cunha?
Barriga ronca, fome de esperança
Se o estado num for social, quanto o empresário ganha?
Menos serviços postos, mais impostos eles recolhe
Se plantarem miséria violência é o que eles colhe
A mão inchada cheia de calo
Se é mão na enxada, os boy se calou
A mão invisível do estado tem cor e sobrenome
Capitalismo é bom? Pergunta pra quem tem fome
Eles não vão entender igual donnie darko
Mas não é pra entenderem é pra me xingar nos comentários
Guardei minha paciência em um cofre
Porque se eu for revidar cada golpe, a mãe de outro sofre
Vamo invadir o centro, certo?! Tipo 300
Diz parta ao meio o salário deles, queremos ressarcimento
Cabeça erguida em seguida marchem
Nós pula catraca porque aqui ninguém tá de passagem
Mudar o mundo sem um puto pro busão
Só sabe que é duro sonhar quem já dormiu no chão
E eu tô cansado dessa relação, quero divórcio
Se trabalho mais porque não sou o dono do próprio negócio?
Venenosos como serpente
Vão te usar como servente
Te dissolvem como solvente
Cê já era não tem semente
Venenosos como solvente
Vão te usar como semente
Te dissolvem como serpente
Cê já era não tem servente
Ouvi minha mãe não tive vergonha
Não estudei pra ser doutor mas sou o mestre dessa cerimônia
Tácito, conhecimento calejado
Meu ritual, abrir a mente deles igual ácido
Não sou político, mas tô tipo ladrão
Roubei a sua brisa te apontei indagação
Vocês tem medo de dois manos em cima duma moto?
Espera até vocês entender esse rap, vocês tão morto