Senso Comum
Como é fácil afastarmo-nos e dizer que não
É tão fácil fugir, negar uma opinião
Positiva, não, é só voltar ao esconderijo
Tento evitar, já não vou a tempo, não corrijo
Joga-se o jogo da maneira segura não se brinca com o fogo
Não se molha os lençóis onde se diz até logo
Como se afasta e remove, oblitra e remove
Espalha o mau estar, e a saída promove
Renuncia e anuncia o que lhe faz azia
Enjoa e esvazia o interesse que existia
Que restava e lutava, assistia, resistia
Condenado a ser como todos os outros um dia
Famoso desconhecido, à 26 anos perdido
Naquilo que acredito ainda fazer sentido
O meu destino guardou-me alguns momentos de glória
Reservados em cd's gravados que mudaram a história
À deriva, sustento-me de boas intenções
Sonho todos os dias em acordar com milhões
Nome algum para algum nome aos olhos de toda a gente
De teso pra teso nos planos da sorte indiferente
Faço o que quero, não fazem de mim o que desejam
Mesmo que invejem, que minem, contaminem e sejam e estejam onde fôr
Afasto a dor, atraio o calor que vibra, pertenço ao tempo em vão gasto pela preguiça
O tempo passa e vai passando e deixa tudo para trás
Tens que fazer pela vida ou a vida faz-te rapaz
Continuamos à procura da cura ou solução
Apesar de ser mais fácil fugir, dizer que não
x2
Tudo é diferente agora
Que o melhor se foi embora
A nostalgia aumenta de hora para hora
Minuto a minuto, segundo a segundo, não sei o 1º passo a dar para alinhar num mundo ordeiro
O meu dinheiro fala, tento falar com o dinheiro
Mas ele não responde, fico sem seu paradeiro
Com a vida pela frente e sem saber o que fazer
Vai-se andando até se ver o que é que vai acontecer
Eu não pensava nisto, gozava quem o fazia
Divertia-me e aproveitava, vadiava e curtia
E depois não se pode ficar assim para sempre
A minha realidade não deixa que me concentre
O tempo passa e vai passando e deixa tudo para trás
Tens que fazer pela vida ou a vida faz-te rapaz
Continuamos à procura pà frente sem parar
Perdidos num labirinto, uma tocha pa iluminar
O relógio luta comigo como david e golias
Tempo passa e vai passando, queimando as fantasias
Curso quase acabado, contracto assinado
Não pacto comigo, sigo à procura do meu fado
Não quero pôr a máscara, vestir um fato, obrigado
Sou soldado, não uso gravatas como camuflado
O segredo gravado, há fantasmas que me perseguem
Nem as palavras conseguem explicar o que não percebem
Decepcionadas do evento, o meu próprio nascimento
Tenho descoberto que o mundo não tá aberto um momento
Aguardo, nunca hei-de baixar a guarda e resisto
Já tinha dito, o mundo é meu, por isso não desisto
O tempo passa e vai passando e deixa tudo para trás
Tens que fazer pela vida ou a vida faz-te rapaz
Continuamos à procura da cura ou solução
Apesar de ser mais fácil fugir, dizer que não
Sei como é que é...
Ás vezes apetece baixar os braços...
Ás vezes apetece nada fazer...
Deixar o tempo correr...
Porque é preciso força pa lutarmos contra nós próprios...
Enquanto isso...
Os ponteiros rodam...
A terra gira...
E o tempo passa...
Os planos são esquecidos...
Os amigos tornam-se estranhos...
Enquanto o tempo passa...
E se calhar...
Tudo o que precisamos...
É um pouco de senso comum...