Olinda Dos Velhos Tempos
Cadê o queijinho daqui?
O rato roeu, roeu
São ecos das ruas antigas de olinda
Cidade que já me esqueceu
Cadê o queijinho daqui?
O rato roeu, roeu
Roeu os trapos de lembranças
De minha infância que há tempos morreu
Olinda teu suave encanto
Me desfaz em pranto
Relembrando tempos idos de sorrisos
Olinda teu suave encanto
Marejou meus olhos
Ai meus tempos de menino
Cadê sinhá anastácia
O rato roeu, roeu
Me lembro vivia de baixo
Contava histórias pra gente dormir
Contos da carochinha
De chapeuzinho vermelho
Histórias tão lindas tão meigas
E eu me julgava um príncipe feliz
A ruazinha enfeitada de sobrados ancestrais
Um bando de menininhas brincavam de roda
Não esqueço jamais dos portais
Eu também pequenino meu papagaio de papel
Empinava, era todo vermelho
E como contrastava no azul lá no céu
Hoje o perfil tão amigo de outrora
Vem mudando, a sorrir
Chora os meus olhos com saudade e dor
Velhos tempos, meu primeiro amor
Um brinde amigo conserva as ilusões
Hoje eu lembro ainda como eram tão lindas
As velhas canções
O pinho serenata, tecendo emoções
Dava como eram tão lindas as velhas canções