Desengano
Aniceto da Portela
Um desengano dói
A minha alma tanto sente
Uma dor pungente
Que invadiu meu coração
Depois de ser tão benevolente
Deste-me o desprezo ao invés de gratidão
Mas nem sequer recompensaste
A regalia que gozaste em minha companhia
Tanto procurei te agradar porém em vão
Me abandonaste sem qualquer satisfação
Hoje vivo assim a lamentar a minha sorte
Algo que só esquecerei com a morte