Margarida
Eu preciso consertar a minha vida,
Que ficou arruinada quando a Margarida me deixou.
Eu, que nunca havia ido ao pesado,
Desta vez fui obrigado a enfrentar o batedor - mas que calor
Fui trabalhar dentro de uma cervejaria,
E, em poucos dias, dei o fora no patrão.
Trabalhei tanto, que quase levei a breca,
Cheguei a ficar careca de tanto chifrar caixão.
Meu Deus, eu vou me acabar, se a Margarida não voltar.
Eu não sei como vai ser, a minha canja de galinha se acabou.
Eu estou cansado de enfrentar o batedor - eu vou morrer.
Fui trabalhar num restaurante pra poder comer bastante.
Numa vaga de caixeiro, em pouco tempo,
Promovido a secretário, porque o proprietário
Não conhecia dinheiro - era um fuleiro
Ele tinha confiança na minha sinceridade,
E eu trabalhava à vontade.
É, mas se a polícia não descobre, eu ficava rico,
E o meu patrão ficava pobre.