O Conto da Mala
Ô moço, eu tenho uma herança
Alí no banco em frente
No testamento pode ver
Não sei o que vou fazer
Tanto dinheiro
Vim da roça
Sou um fazendeiro, sou mineiro
E não conheço bem o rio de janeiro
Olhe esta procuração
Que eu lhe espero
Na frei caneca, na minha pensão
É bem de frente a detenção
Otário cansou de esperar
Partiu para a frei caneca
Bateu no portão
Veio atender o prontidão
Vim procurar prá entregar
Este dinheiro a joão do aragão
Foi quem me deu a direção
Ô moço, é tapiação
O tal mineiro é um espertalhão
Mala vazia tal herança
Perca a esperança
Vá a polícia se queixar depressa
Me levaram na conversa.