Paraíso de Malandro
Eu vou andar com meu trabuco de lado
Meu chapéu de palinha
E o dinheiro amarrado
E prá fazer o meu direto valer
Já comprei um soco inglês
Para melhor me defender
Não sou de briga
Sou pacífico nato
Mas também não sou pato
Quero ainda viver
Pois, a cidade anda cheia de malandros
E na unha dessa gente
Eu não quero morrer.
Arrombadores, assaltantes, batedores
Toda espécie de funguista, vigarista, discuidistas.
Até mulheres deram para assaltar
É caso para chorar
E para desesperar.
Já não bastava tanta fila prum artigo
Isso não é comigo é com a Leonor
E se o negócio prosseguir nesse andamento
Vamos ter racionamento na questão do amor.