Berrante do Amor
João Boiadeiro quando viajava
Pelo estado de Mato Grosso
Aonde ele chegava
Era grande o alvoroço
Na fazenda que ele pousava
Uma namorada ele deixava
No outro dia na despedida
O seu berrante ele repicava
No outro dia na despedida
O seu berrante ele repicava
João Boiadeiro ia caminhando
Com o seu berrante na mão
Parava numa encruzilhada
Pra fazer sua oração
Chamava no seu berrante
O nome de cada amada
Repicando o seu berrante
Falando com a boiada
Repicando o seu berrante
Falando com a boiada
Seu berrante misterioso
Porque nele ninguém tocava
Por isso era conhecido
No lugar que ele chegava
Ele dava um repicado
Todo mundo já conhecia
Nessa hora a sua amada
Lá na janela saía
Nessa hora a sua amada
Lá na janela saía
Conversando com sua bela
Ele fazia pousada
Pra sair no outro dia
Tocando sua boiada
Com o coração aberto
Ele dava a despedida
Com seu berrante misterioso
Fazia a sua partida
Com seu berrante misterioso
Fazia a sua partida