Castigo do Feiticeiro
Lá no alto do espigão
Bem pertinho de um cruzeiro
Tinha uma choupana velha
Lá morava um feiticeiro
Sexta-feira à meia noite
Que era seu costumeiro
Ele fazia o trabalho
Lá no meio do terreiro
Na encruzilhada da vila
Muitas vezes aparecia
Sete vela toda acesa
Que o feiticeiro acendia
Sete punhado de sal
Pra fazer sua magia
Muita gente lhe pagava
Pra fazer feitiçaria
Por ser muito afamado
Muita gente procurava
Pra fazer suas mandinga
Muito dinheiro ganhava
Ficou rico em pouco tempo
Num palácio ele morava
Nunca teve pensamento
Que sua vida arruinava
Mas veio a sorte tirana
E levou sua riqueza
Todo conforto que tinha
Transformou numa pobreza
Ficou cego por castigo
Andava sempre puxado
Pelas ruas da cidade
Por um moleque levado
Cada baque que passava
Dava um tranco no malvado
Foi morrendo pouco a pouco
Pra pagar os seus pecados