Linguagem Marginal

Edmundo Silva, Samuel Neves

A minha língua tem palavra, honra,
e garra nascida em quem a narra, mas lida com uma bizarra montra
há quem se agarre ao fascínio e já se inspira noutra porque imagina que é giro,
mas na piscina é gota eu não prescindo, eu dou-te a zona que eu cresci na ponta da caneta
e um cachimbo na boca
eu falo Marvilense sem diploma
oral ou extenso, é o idioma que me pertence e me leva a Roma e eu não estou a falar de notas, estou a falar de letras, daquelas que tu anotas a imitar outras vedetas nem que metas a tua vida inteira
não me soa a verdadeiro e à pessoa que aparentas
sou a mão que abençoa um brasão que me aperfeiçoa até que aprendas um calão que te afeiçoa sem legendas
a minha fonte é o meu espaço e aponto com um braço canhoto que uso para mais tarde dar te um gafanhoto luso num compasso
a minha escrita não tem prazo, se tu tentasses conseguias, entra noutra fase, escreve um calhamaço com cedilhas
tu mudas consoante modas e manias
como acordos que tiram consoantes mudas
em quantias absurdas e eu não entro em mordomias.

A minha língua é Lusa, como é linda a musa, como é linda é Suza, sprint de Hayabusa nunca finda a tusa, a cinta nunca acusa metal aqui não se usa, mente difusa recusa, virar pedra pra medusa, jus a um aprofundar constante cuspo petróleo, desde o tempo do linóleo extenso e denso portfólio, letras são espólio como hotéis no Monopólio, a indústria é o Capitólio que paraliso como Pólio, orgulho engole-o, eternizo e infernizo silábico artesão,
nem preciso ser preciso, balança na precisão, visualizo e realizo ciência sem ficção, vocalizo não viralizo tens falhas na dicção, com falhas na BIC são vacilos em dominó, esse nariz com fricção tal e qual um esquimó, turista de riquexó, romântico Dom Quixote com fotos que por si só são Photoshop ao barrote, és coffeeshop sem stock, puro flop sem papéis no lote, o meu forte casado com arte sem anéis nem dote, tu sem sorte dou te o corte sem arma nem porte, Douro o Norte e pouco me importa que o Midas me toque, só sou Pop se for Lock, puro verifica o L.O.P., sim coloco semente na terra há espera que brote, nos PALOP lucro sem calote sou bruto a galope estalão Lusitano, um choque forte perigo de morte,
sou Segundo desde sempre primeiro para muita gente, primeiro para muita gente 100% eloquente, sim tu sente sou doente no beat sou residente, sou distinto e medalhado a convite do Presidente, eu sou persistente focado e obstinado, jamais desistente, pois já estava destinado não ser conivente com o que é falsificado, sou um combatente com espada de aço temperado, vitorioso inesperado jamais desesperado, quantas vezes me inspirei por estar desinspirado, quantas vezes fiz do medo o melhor aliado, o meu silêncio já diz tudo mesmo quando estou calado tá fechado!

Wissenswertes über das Lied Linguagem Marginal von Mundo Segundo

Wann wurde das Lied “Linguagem Marginal” von Mundo Segundo veröffentlicht?
Das Lied Linguagem Marginal wurde im Jahr 2022, auf dem Album “Linguagem Marginal” veröffentlicht.
Wer hat das Lied “Linguagem Marginal” von Mundo Segundo komponiert?
Das Lied “Linguagem Marginal” von Mundo Segundo wurde von Edmundo Silva, Samuel Neves komponiert.

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