De volta
Não tarda que a saudade é sem graça
Na pressa de uma escala no Porto
Levaste a minha alma na bagagem
E sou eu que estou quase morto da viagem
Vê se volta logo
Todo o Brasil quer te ver
Assim como eu te vejo
Ao entardecer
Cruzando o Tejo desde Barreiros
No meio-lume das candeias
Passeias pela proa
Iluminada pelas luzes de Lisboa
Vê, sou eu quem te acena em terra
E todos mais a tua espera
Todo o Brasil quer te ver
Te ver andar da Baixa ao Bairro Alto
Te ver subir de elétrico a Alfama
Aonde se esparrama no horizonte
O amanhecer da tua esquadra
O amor que é tua escolta
Todo o Brasil quer te ver
De volta