O Gigante
Meu sangue ainda corre nas veias
Quando vejo a boiada passar
E o rastro que fica na areia
Faz o meu coração corcovear
Alegria se estampa em minha alma
Quando vejo o potrão disparar
Dia e mês a campina é pequena
Da energia que esbanja um baguá
Boiada, boiada
Quando o vento me traz o perfume
Lá na mata onde canta o sabiá
Eu escuto o golpear do machado
Contra o cerne do jequitibá
Dou um grito ao valor do caboclo
Que o meu grito vai se misturar
O gemido do angico que obriga
O gigante da mata tombar
Madeira, madeira
Mas quer ver um caboclo topado
Perder o jeito e se descontrolar?
É se ver a morena faceira
Com aquele jeitinho de andar
Coisa linda se você quiser
Minhas juras de amor aceitar
Vou fazer um buquê dos meus sonhos
Para o nosso futuro enfeitar
Vou fazer um buquê dos meus sonhos
Para o nosso futuro enfeitar
Meu amor, meu amor