Não tenho pressa
Já não tenho pressa
Em cruzar minhas fronteiras
Minha voz que se perdia
Nas paredes do meu quarto
Se calou de medo e pânico
Demente da mentira dos heróis
Meu corpo suado
Já não dança essa dança de través
Sigo a trilha a pé
Minha sede
Já não incomoda a garganta
Pois não falo
Deixo o pensamento
A sós com suas tranças
Rapunzel
Não jogue mais sua esperança na janela
Já é tarde
Minhas cinzas
Já desceram corredeiras e montanhas
Sem alento
Vago entre as nuvens
Como o vento