Carcosa
As estrelas negras vão
Formar a constelação
Que ilumina os céus de velha Carcosa
Tão estranho seu luar
Luas tem a orbitar
Torres negras de perdida Carcosa
O seu manto é nossa voz
Sussurramos todos nós
Pela eternidade orbita Carcosa
Os dois Sóis se afundarão
E do lago crescerão
Grande sombras na estranha Carcosa
As canções que as Hiades cantarão
Onde batem os farrapos do Rei
Morrerás na pura e muda escuridão
Na sombria ofuscada Carcosa
Muitas estrelas ascendem pelos céus
Negras como o luto em vosso coração
Luas que estranhas, circulam o véu
Da еscura e perdida Carcosa
Ai daquelе que ousar
Na cabeça colocar
A coroa do Rei de Amarelo
Ai dos que se julgam sãos
Ai dos que caem nas mãos
Assombrosas do Rei de Amarelo
Aquele que ata o nó
Vida e morte como um só
Engolindo o tempo, Rei de Amarelo
Nosso plano circular
Para sempre a retornar
Sob os olhos dele, Rei de Amarelo
Em seu livro proibido estão marcadas
Amarelas, páginas de escuridão
Ai de quem sequer lê uma só palavra
E pelo Rei é conduzido à condenação
Tire sua máscara e se veja no espelho
O Rei abrirá seus olhos à verdade
A realidade se transforma em pesadelo
O Rei de Amarelo fará sua insanidade