Pulso

Ohlif

Moedas em meus olhos
A vista do inferno é céu azul
Rasgue-me em pedaços
Na cidade de vidro a falha estima
Sem pulso algum
Venda meus pedaços

Uma carteira de amargura inflama a gasolina
Que abastece o incêndio nesse devaneio
Quero lamber suas feridas
Pra esquecer que a fé é endorfina
Arco-íris preto e cinza
Sobrepondo a sina
Vendo achados e perdidos
Brilho dos brincos de Lilith em meus lençóis
Somos jaulas de ilusões
Industrias, religiões
Não se diferem a facções
Procurando almas como cigarro pulmões

Se possua
Se possua
Sem pulso algum
Se possua

Engenhoso como o mar, bipolar
Que nunca precisou das árvores pra da fruto
Expelindo insulto
Não sou conselheiro
Sou a ira de Canudos
O loop volta e mostra que isso é absoluto
Hol' up
Me de sete minutos, to fechando um charuto
Procuram seu fracasso
Pra tentar suportar o seu triunfo
Ohlif eles falam que é um urso
Num limbo absurdo
A queda livre me converte em submarino russo
Batendo igual Gattuso
Ela sabe que eu sou bruxo
Inrotulável, transmuto
Pregos vão ao chão
Asas restauradas fodendo os casulos
Então

Sou nada, sou tudo
Sou o lado puro daquilo que é imundo
Ou vice e versa
Inclinamos pro pecado
Herdamos traços de eva
Provei do fruto
Eu fui expulso
Palavras são remédio pra defunto
Calmo no jogo ciente de tudo
Vendo voz e ouvindo vulto

Moedas em meus olhos
A vista do inferno é céu azul
Rasgue-se em pedaços
Na cidade de vidro a falha estima
Sem pulso algum
Venda seus pedaços

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