Dengo Tengo
Rosa o céu espia o espelho o mar
Misturando as mãos no interior
Do roupão grená
Alisar cada pelo desse corpo nu
Inventar na pele o coração
Sem desencantar
Dizer com o corpo sem dizer
Rir na emoção que faz chorar
Cantar na sombra amada solidão
Carícia breve
Um fogo
Um sol
Um dengo
Um tengo
Um som, ah!
Rosa o céu espia o espelho o mar
Misturando as mãos no interior
Do roupão grená
Debruçar no abraço da manhã
Se dar sobre o forte corpo aberto em flor
Num desabrochar
Querer, desejar, ousar, sonhar
Ser e fazer acontecer
Chegar e abrir os gestos
Dar a mão
Beijar os beijos
Lambuzar de mel o coração, ah!