Ginete e Pico
Se o potro é corcoveador
Me chamem que eu vou pro lombo
Montar é comigo mesmo
Não tenho medo do tombo
Me criei pelas estâncias
Lidando com aporreado
Pelejando campo afora
Com estes mal acostumados
Eu sou ginete, ginete e pico
Pra esses beiçudos jamais me achico
Com muierada sou bem assim
Se eu não amanso, não serve pra mim
Sempre gostei do perigo
Do lombo arqueado de um potro
E o pulo é mais elegante
Quando seguido de outro
Gosto dum bagual veiaco
Que se desmancha em pinote
Pois me agrada ver o pago
De riba de um sirigote