Triste Fim de Papamike
De pouco a pouco o meu feito é pro topo Everest
O ar ficar rarefeito, efeito louco desse teste
Do jeito que o nome cresce do PapaMike
O olho gordo fica puto rouco para dar Strike
Fod**** o hype, isso não aumenta o ego
Se querem olho por olho, ficaremos cegos
Com ferro ferem, com ferro serão feridos
Se me cercam eu não erro e acerto em todos envolvidos
Acham que é trapaça por fazer o que não fizeram
A esquerda me caça com amordaça para os estéreos
Disseram que é apologia o meu entretenimento
Que o King Kong é uma versão do meu comportamento
Não sei se é Burrice ou não passa de canalhice
Querem saber se é ficção como os livros da Clarice
Lispector... um espectro deseja me ver nas grades
Cético pelas verdades, histórias para os meus confrades
Acham que é Discurso de ódio...Na moral
Nem ouviu o som direito, analfabeto funcional!
O declínio cultural do ensino fundamental
Criou o intelectual sem Interpretação textual
Só apelo sexual pedofilia e o consumo
De drogas que pode? respeita meu bigode, não acostumo
E da terra me aprumo, elevo o meu pensamento
Só não tomo outro rumo por causa do velho tormento
Que o rap foi livramento, foi fuga da escuridão
Da sensação de perseguido, da raiva em erupção
Da psicose por perigo, das farras da ilusão
A escrita é o abrigo de uma mente em ebulição
Cansado de facção, minha ambição não é o pódio
Não usei minha dicção para discurso de ódio
Eu vi que são oposição da minha convicção
Não saber discernir o que é real de ficção
É claro minha opinião eu não gosto de ladrão
E odeio políticos que em corrupção são envolvidos
Eu respondo processo por causa da minha expressão
Sem liberdade, rasgaram a constituição, Bandidos
O vacilão de uma ONG disse que sou o King Kong
Ouviu meu rap fumou um Boeing só pode Mongoloide
Disse que a Confraria é um grupo de extermínio
Não, somos grupos na livraria, fuga desse declínio
Cultural... só porque tenho esse semblante de mal
Não quer dizer que eu sou um ignorante boçal
Olhe o perfil de quem curtiu PapaMike Brasil
Todos trabalham, estudam, não são uns animais no sio
Ele ouviu minha letra e não percebeu que a caneta
Que escrevo tem sangue invés de tinta na canaleta
Mal acredito em espíritos, mas sei que psicografo
Ouço a voz do canto lírico, pego o papel e autografo
Querem saber meu nome, posto querem ver meu rosto
O batalhão que trabalho seu sou caveira ou encosto
Querem me contratar, prender, matar me corromper
Políticos querem usar meu nome para se promover
Acham que sou diferente não quero ser exemplo
Só seria se eu pagasse meu passado no momento
Eu sou igual você, com tantos erros e defeitos
Também, carrego um coração que bate forte no peito
Prefiro ficar nas sombras para servir a luz
O futuro de herói é só um, cruz igual Jesus
Não sou fake, não quero ser Sheik no cenário
Musical brasileiro no meio desse tanto de otário
Sou apenas um soldado, testemunha ocular
Que vê coisas do seu lado que tu insiste em não olhar
E a justiça que transforma príncipes em sapos
Sou só mais um com o final triste tipo Policarpo