Malandro Papel
Pagode formado, verso improvisado
Como disse Jovelina não era chuva fina o dia se zangou!
Zé Manoel mirou o trecho, pegou os apetrechos e se mandou
Trovejou, formou nuvem lá no céu,
Corre o sujeito seu José Manoel
Olhando pra trás com tremenda cara de pastel
Escafedeu-se do pagode será que é feito de papel
Só tem raio no céu, nuvem preta e trovão
Mas peregrino que é peregrino não foge da oração
Se fugiu deu demonstração que é um sujeito sem fé
Partideiro de responsa entra no pagode não arreda o pé
Ei, Samuel! Manoel é que nem papel
Passa o tempo esse se amarela
E ainda cruza a favela com cara de réu
Olha, você fez bem!
Pra tempo ruim é bolacha e café
Vá pro fundo da barraca onde tem somente mulher
E em tempo de gestação não queira ser o que "tu" não é!
Mas também um José Manoel só pode ser um Zé Mané!