O Nunca da Estrada
Era uma estrada rumo ao nada
Que ao nunca chega e nunca cehgará
Mas Clara andava, poeira na cara
Na trilha das fadas, bola de sabão
Era uma estrada sem curva, sem placas
E tudo apontava nessa direção
Ontem na sala, tapete e sapato
No quarto enfeitado dorme a solidão
Anda, anda, rala entra nessa dança
Veja quantas mãos te empurram para o trilho
Saiba tantas vezes quanto for preciso
Que o relógio conta as tardes de domingo
E era o mar de Cabrália
E era a voz do abismo
Era o que não se paga
Contra a val do perigo
Quero enxergar essa escuridão
Sei que não há outro alvorecer
Para entender onde pisa o chão
Até encontrar estrelas de lá
O mundo a rodar...
Parece querer( e Clara viveu)
A estrada em seu lugar
Era uma Clara sem bola, sem sala
Poeira de fada, trilha de sabão
E tudo andava, tapete sem cara
Sapato enfeitado aponta a direção