Paradoxos do Amor
Miguel Ramos / Rogerio Oliveira
Há no seu jeito inseguro
Um toque de charme puro
Que desnorteia e emudece
São coisas que não se entendem
Mas sei que muito me prendem
Dum modo que não se esquece
É como ter sempre um muro
Não ver além um futuro
Sem que por ela não passe
Pousar a mala na estrada
E ver a vida adiada
Como se alguém a levasse
As leis precisas do amor
E os predicados da dôr
Andam sempre lado a lado
Amar é ter por condão
Estar preso e dessa prisão
Não querer ser libertado