Gênia
Porão 365
A menina sentada à beira da porta olhava o seu gato brincar
O mundo passava à sua volta mas ela não queria olhar
A vida lhe pregou muitas peças e não tinha sido piedosa com ela
Que sentada à beira da porta olhava o seu gato brincar
Tinha visto o negro do céu
Por mil noites sangrar
E a razão do universo praquela menina
E que um dia poderia amar
Sentiu falta do pai e saudades da mãe
Mas sentiu o perfume das flores: lembranças da infância
Viu sua vida passando como balas que cruzam o céu
Um céu verde da cor do oceano; verde água, a cor do céu
Tinha visto o negro do céu
Por mil noites sangrar
E a razão do universo praquela menina
E que um dia poderia amar