Balada do desajeitado
Sei de alguém
Que por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora vou-te contar
Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo pra' te falar
Eu não sei
O que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Podes crer
Que há noite o sono é ligeiro
Fico à espera o dia inteiro
Pra' poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o à vontade
Acabo por me calar
Falta me o jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
Ás vezes até me engasgo
Nada a fazer
E é por isso que eu te conto
É tarde pra' não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei
O que é que te hei de dar
Nem te sei inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti