Onde Mora a Saudade
Paulo César Pinheiro / Rafael Barros Castro
Tive
Uma triste surpresa
E essa dura tristeza
Foi a separação
Vinha de um romance sereno
E eu provei nesse amargo veneno
O sabor da ilusão
Sabia
Que essa melancolia
Logo me levaria
À total solidão
De fato
Esse agora é o retrato
Desse caso insensato
Sem causa ou razão
Desde então
Vivo
Onde a dor não me alcança
À mercê da lembrança
Preso à recordação
Moro
Onde mora a saudade
Mas não tenho de amor
Mais vontade no meu coração
Que a paixão de minh’alma
Me escorreu pela palma da mão
E hoje
Sem querer mais chorar
Eu não vou mais amar em vão