Livre

Cacau RS

Valores perdem seu valor por muito pouco
Riqueza interior melhor que a exterior coisa pra louco
Conto meus dias a fim de um rico coração alcançar
Corro na contramão do trânsito sem nem descansar

Mas descanso quando lanço alegria ao pranto
Danço feliz da vida por cantar um novo cântico
Planto semente em terreno onde ninguém quer plantar
Levo remédio á doente onde ninguém quer levar

Limpei meu coração sujo, sai de cima do muro
Pulei pra fora do mundo, subi desse posso fundo
Exala um novo perfume em meu ser
Fragrância que é de graça e é por graça e repassa basta querer
Corre em circulo num circo que alegria é falsa
Que a palhaçada dos palhaços já perdeu a graça
O picadeiro tem o seu semblante fosco

A luz acende, mas não ilumina o aplauso do povo é morno
O respeitável publico é desrespeitado
O truque do grande ilusionista foi desvendado
Ta no começo do fim ou estamos no fim do começo
E pagam caro na liquidação com alto preço

Livre, daquele que prendia minha mente
Firme, não olho pra trás eu sigo em frente
Viver, pro médico que curou o doente
Dizer, nele eu sou livre, nada me

Oprime, se anoitecer daqui a pouco é dia
Firme, mas se eu me perder ele me guia
Viver, chorando só se for de alegria
Dizer, nele eu sou livre, livre

Clique acende a luz, mas preferem ficar no escuro
Clique ligam à sirene, mas o mundo é surdo
Clique o botão de emergência é acionado

Desvalorizado a riqueza que pagou o salário
Um filme em preto e branco e seu final é triste
Onde o mocinho morre e o bandido foge, sobrevive
O mundo pobre em crise, o povo podre fede

Enquanto isso o caldeirão da Jezabel ferve
Semelhante a neve, que é branca, mas também é fria
Assim é o sentimento humano

Congelando pela correria do dia dia
Que correndo alcança todos e tomam
Socos no ringue que só lutam loucos

Loucos por grana, loucos por fama
O homem a si mesmo engana
Nocauteado vai à lona
Com a vós rouca de gritar, mas não socorro
Perdendo a força neste mata ou morre nunca paro eu corro

Pródigos fedendo a porcos ignoram
E se de rolta por comer bolotas e pra casa do pai não volta
Ainda tranca a porta por dentro ou por fora
Do pobre coração, sede a pressão e sofre a derrota

Livre, daquele que prendia minha mente
Firme, não olho pra trás eu sigo em frente
Viver, pro médico que curou o doente
Dizer, nele eu sou livre, nada me prende

Oprime, se anoitecer daqui a pouco é dia
Firme, mas se eu me perder ele me guia
Viver, chorando só se for de alegria
Dizer, nele eu sou livre, livre

Um ombro amigo, um abraço com sorriso ta em extinção
Um colo com abrigo é raro é de longe o aperto de mão
Garimpando almas em um mau terreno
Levando antídoto pra quem se

Embebedou deste veneno do mundo
Que faz do ser humano um produto
E somos números na matemática do furto
Subtração de paz, multiplicação de mal e trevas

Divisão de lares, adição de guerra na terra
E o resultado da conta rouba mata e destrói
Não olham pra cima só gritam, Deus o que será de nos?
A internet nebulosa adoece o adolescente
Pedófilos abusam de crianças inocentes
Beijos e carinhos trocados por tapas e murros

Armas e facas continua fazer cortes e furos
Tentam costurar o véu que o filho salvador rasgou
Inventam escrever de novo o que ele apagou, por amor

Sofreu dor pra nos trazer alivio
Derrotou a morte pra que eu hoje fosse vivo
Se alegrar ou entristecer, ficar cego ou ver, ganhar ou perder
Viver ou morrer, ser ou não ser

Livre, daquele que prendia minha mente
Firme, não olho pra trás eu sigo em frente
Viver, pro médico que curou o doente
Dizer, nele eu sou livre, nada me prende

Oprime, se anoitecer daqui a pouco é dia
Firme, mas se eu me perder ele me guia
Viver, chorando só se for de alegria
Dizer, nele eu sou livre, livre

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