Estâncias de Fronteira

Anomar Danubio Viera

Guardiãs de pátria, memorial dos ancestrais
Onde trevais nascem junto ao pasto verde
Sangas correndo, açudes e mananciais
Pra o ano inteiro o gadario matar a sede

Grotas canhadas e o poncho do macegal
Para o rebanho se abrigar nas invernias
Varzedo grande pra o retoço da potrada
Mostrar o viço e o valor das sesmarias

Sombras fechadas de imponentes paraísos
Onde resojam pingos de lombo lavado
Que após a lida até parecem esculturas
Molhando a frente do galpão, templo sagrado

Pras madrugadas, mate gordo bem cevado
Canto de galo que acordou pedindo vasa
Cheiro de flores, açucena, maçanilha
E um costilhar de novilha pingando graxa nas brasas

Pra os queixos crus, os bocais dos domadores
Freios de mola pra escaramuçar bem domados
E pra os turunos ressabiados de porteira
O doze braças, mangueirão dos descampados

Pra os chuvisqueiros galopeados de minuano
Um campomar castelhano e o aba larga desabado
Pra o sol a pino dos mormaços de janeiro
Um palita avestruzeiro e o bilontra bem tapeado

Pras nazarenas, garrão forte e égua aporreada
Pras paleteadas o cepilhado de coxilha
Pra o progresso do Rio Grande estas estâncias
Mescla palácio com mangrulho farroupilha

Wissenswertes über das Lied Estâncias de Fronteira von Rogério Melo

Wer hat das Lied “Estâncias de Fronteira” von Rogério Melo komponiert?
Das Lied “Estâncias de Fronteira” von Rogério Melo wurde von Anomar Danubio Viera komponiert.

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